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Lenda da Serra da Estrela
Chegara aos
ouvidos do Rei que todas as noites um pastor do alto da serra
conversava com uma Estrela, a mais bela de todas. O Rei mandou
chamar o pastor e ordenou-lhe que lhe desse a sua Estrela prometendo
em troca dar-lhe muita riqueza. O pastor respondeu que preferia
continuar pobre a perder a sua amiga Estrela, sem a qual não podia
viver. Ao voltar à sua pobre cabana, no alto da serra, o pastor
ouviu numa doce melodia a sua Estrela contar-lhe do receio que
tivera de ele se deixar levar pela riqueza. O pastor afirmou-lhe a
sua grande dedicação e ela contente prometeu-lhe que nunca deixaria
de ser sua amiga. Então, o velho pastor, em voz de profeta,
exclamou: Lenda da Truta- Celorico da Beira O castelo de Celorico da Beira esteve várias vezes debaixo de cerco e ao qual se associa a Lenda da Truta.No ano de 1245, era alcaide do castelo de Celorico, Fernão Rodrigues Pacheco. Este Castelo foi cercado por D. Afonso III, visto Celorico continuar fiel ao rei deposto, D. Sancho II, na altura refugiado em Toledo (Espanha). Quando os defensores já lutavam com os horrores da fome não lhes sendo possível resistir por mais tempo, uma águia ao voar sobre o recinto do castelo deixou cair uma truta que naturalmente tinha apanhado no rio Mondego. Esta ocorrência inspirou ao alcaide a feliz lembrança de a mandar cozinhar cuidadosamente, enviando-a de presente ao inimigo, acompanhada de uma mensagem em que dizia que iria persistir na defesa do castelo, pois além de possuir bons cavaleiros, estava provido de mantimentos, como comprovava a truta que lhe enviava. Julgando que aquele peixe era uma pequena amostra do que existia dentro da praça cercada, o inimigo decidiu levantar o cerco por não conseguir render os Celoricenses pela fome. Lenda da Covilhã
A Covilhã está
situada na zona denominada por Cova da Beira que engloba o eixo da
Guarda - Covilhã - Castelo Branco, fazendo fronteira com Espanha. O
seu primeiro nome foi o de Cova Plana, por razões de ordem
morfológica. "Cova" porque está enclausurada entre serras altas, nas
abas das Serra da Estrela, Serra da Gata, Serra da Malcata, Serra da
Gardunha. "Plana" porque se trata de um espaço onde se erguem aqui e
além pequenos montes que, vistos do cimo de qualquer uma das serras
que a envolvem, se diluem na paisagem, parecendo tratar-se de uma
planície entre montanhas onde brilham as águas. Após a invasão e
conquista da Península Ibérica pelos romanos surgiram vários novos
sobre esta zona (Cova Julia e Silia Herminia) a que as lendas deram
notoriedade. Os generais romanos, por razões estratégicas davam os
seus nomes às regiões por onde passavam e sobretudo onde assentavam
arraiais. Temos assim a Cova Plana a mudar de nome para Cova Julia,
antes de Cristo, devido ao facto de ser Júlio César, o General,
comandante das legiões romanas, na Península Ibérica. Em 41 depois
de Cristo, há uma outra alteração. O nome de Cova Julia desaparece e
a região passa a ser conhecida como Silia Herminia, devido ao facto
de o general romano, que então comandava as legiões romanas, se
chamar "Silius", e ter, ali, acampado para dominar os lusitanos. Lenda de Alvoco da Serra (Seia)
Alvoco da
Serra, como todas as freguesias do concelho de Seia, tem no seu
património histórico-cultural um conjunto importante de histórias e
lendas populares das quais se destaca a lenda da "Fonte da Pedra".
Lenda de Girabolhos (Seia)
"O sonho"
Lenda de Lapa dos Pinheiros (Seia)
Conta-se que o
nome desta aldeia surgiu quando alguns homens construíam, no actual
"Porto dos Bois", uma casa e por lá passaram uns caçadores que lhes
disseram para virem construir as sua casas numas lapas mais abaixo,
ficavam mais abrigados, e assim fizeram. Lenda de Sandomil (Seia) Sandomil ficava na fronteira onde não cessavam os combates e as ciladas. Um dia em que a terra se encontrava com poucos homens, anunciou-se ao Senhor do Burgo que os árabes se preparavam para assaltar com um exército numeroso. Ouviu-os aquele com a maior serenidade e ordenou a todos que se apressassem com as suas armas para a defesa. Reunido o concelho dos grandes da Vila, depois de cada um ter ouvido, disse: Nem sendo Mil para cada homem eu deixaria de combater tais perros. A voz teve eco nos peões e homens a cavalo e assim eles marcharam com grande alarido para a luta desigual. Os mouros ao dar com uma frente tão aguerrida e vendo que os contrários estavam de atalaia, fugiram espavoridos, julgando que formariam um exército superior ao deles. A audaz façanha correu de terra em terra, a frase andou de boca em boca e os vilões começaram a ser conhecidos pelos de Sendo Mil. Lenda de Teixeira (Covilhã) "O monstro de
olhos no focinho" Lenda de Vide (Covilhã) O povo da Vide conta que em 1848 constava no Governo Civil de Coimbra que se encontrava na Barriosa o ilustre Doutor Luís Paulino de Figueiredo Fragoso de Almeida e que ali tinham escondidas 600 espingardas, esperando oportunidade para continuar a guerra civil entre miguelistas e liberais. Foi chamado João Brandão para o capturar e apreender o armamento. O receio destes povos da Serra foi então muito grande, porque havia conhecimento que este feroz guerrilheiro, que foi secretário da Universidade de Coimbra no tempo de D. Miguel, entrava na cidade à frente dos seus homens transportando o cadáver do liberal João dos Santos, que havia assassinado e levantando prisioneiro o Capitão das Milícias de Coimbra João da Cunha, que ele ferira gravemente. |